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20/01/2003 - 10h13

Unicamp cria projeto para lixo radioativo

MÁRIO TONOCCHI
da Folha Campinas

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo, espera implantar ainda neste ano o primeiro programa institucional entre as universidades brasileiras de gerenciamento de resíduos radioativos, químicos e biológicos.

Esses produtos são gerados durante as atividades de ensino, pesquisa e atendimento na área hospitalar da universidade.

Como as demais unidades de ensino superior do país, a universidade de Campinas vinha, até agora, tratando seu resíduos perigosos de forma isolada. Ou seja, cada instituto ou faculdade produtora de resíduos é responsável pelo gerenciamento próprio, sem um plano global de gestão.

De acordo com o presidente da comissão que montou o planejamento na Unicamp, Fernando Coelho, 46, a proposta ainda depende da aprovação do Consu (Conselho Universitário).

O custo previsto no programa para a construção ou adequação de áreas de armazenamento temporário para os resíduos está avaliado em R$ 1,7 milhão.

"Com a aprovação do conselho [prevista para ocorrer ainda neste semestre], a implantação efetiva deve acontecer até o final do ano. O funcionamento completo deve ocorrer em três anos", afirmou o presidente da Comissão Assessora de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos.

A comissão foi montada no início de 2002 depois de a universidade descobrir que não tinha mais espaço físico para armazenar seus resíduos, principalmente os radioativos.

Atualmente, segundo Coelho, a universidade tem aproximadamente 80 toneladas de material para serem incineradas, a maior parte de origem em pesquisas da área química.

A Unicamp também produz mensalmente 60 toneladas de material biológico, de origem animal, vegetal e de meios de cultura, 10.260 quilos de resíduos químicos, além de 385 litros de solventes e 973 quilos de sólidos contaminados com radioativos.

Ao longo de 2002, segundo Coelho, a comissão desenvolveu trabalhos paralelos para reduzir o volume de produção de resíduos na universidade.

Na área hospitalar, com a racionalização dos serviços e a manipulação dos materiais, por exemplo, a produção caiu de três toneladas para 1,2 tonelada ao mês. "Ainda assim temos o passivo que deve ser eliminado", observou.

Há três anos um grupo de pesquisadores tenta implantar projeto semelhante ao da Unicamp na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), segundo o diretor do Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos, Marco Aurélio de Araújo, 52.

"Agora parece que vai", disse Araújo. "A reitoria está muito sensibilizada com o problema. Formamos um grupo de trabalho para montar também uma gestão institucional. A Unicamp saiu na frente porque o Estado de São Paulo recebe muito mais recursos que as demais unidades da Federação", disse o diretor. Somente a Faculdade de Química, de acordo com Araújo, produz cerca de nove toneladas de resíduos por ano.

Energia
A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) optou pela parceria com a iniciativa privada para tratar seus resíduos, a princípio os não perigosos.

A parceria vai gerar 1.500 quilowatts de energia elétrica com a construção de uma usina verde, que será abastecida com aproximadamente 30 toneladas diárias de resíduos da cidade universitária. O volume é suficiente para abastecer o prédio da Coppe (Coordenadoria de Programas de Pós-Graduação em Engenharia).

Segundo o diretor-presidente da UsinaVerde S.A., Henrique Saraiva, 66, a empresa está entrando com investimentos de R$ 8 milhões em todo o projeto.

"Entramos na parceria com a infra-estrutura, e a universidade, com a pesquisa. Ao final, a universidade ficará com a usina. E nós,l com a tecnologia", disse.

A UFRJ também trata seus resíduos perigosos de forma isolada. Cada instituto ou faculdade é responsável por gerenciar e armazenar a sua própria produção.

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