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Correio Popular

Campinas - - http://www.cpopular.com.br/ - Ano V



Unicamp inicia testes com superadoçantes

Maria Teresa Costa
Do Correio Popular
teresa@cpopular.com.br

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) começam a testar em modelos animais seis substâncias construídas nos laboratórios do Instituto de Química (IQ) e que, dependendo dos resultados toxicológicos, poderão se tornar potentes adoçantes sintéticos, com teor dulcífico estimado em 1,4 mil vezes maior que o açúcar. A busca é por um adoçante com alto teor de doçura, que tenha o padrão de segurança do aspartame e que, além disso, tenha também vantagens sobre ele. O aspartame é 200 vezes mais doce que o açúcar tradicional.

A base dessas novas substâncias é a monatina, um aminoácido natural presente nas raízes da planta africana Schlerochilon ilicifolius, que foi isolado em 1992 por pesquisadores sul-africanos, explica o coordenador da pesquisa, Fernando Coelho, do Departamento de Química Orgânica. Quando a substância foi isolada, os autores determinaram algumas características interessantes. A primeira delas é o fato de ser 1,4 mil vezes mais doce que o açúcar. Outra é que, quando misturada a preparações alimentícias, ela não esconde o sabor e nem o odor. Ou seja, ela não deixa no final da degustação um gosto seguido de sabor amargo como acontece com os adoçantes. Ela também pode ser misturada em qualquer bebida que tenha que ser carbonatada, como os refrigerantes.

Coelho desconhece como os sul-africanos descobriram tudo isso. Mas as informações estavam contidas na referência da publicação que eles fizeram dos resultados de suas pesquisas. Os estudos com a monatina na Unicamp, realizados pelo pesquisador Davi de Jesus Oliveira, visou estabelecer uma estratégia sintética para a obtenção da substância. Quando estavam fazendo os trabalhos para a síntese, desenvolvendo método de preparação no laboratório, Coelho e Oliveira fizeram uma comunicação em uma revista internacional. Logo depois disso receberam uma carta de uma empresa sul-africana relatando que tinha o controle de venda da monatina no mundo. Isso levou a busca de uma nova pesquisa para controlar o problema que tinham pela frente.

“Partimos então para encontrar na estrutura do produto natural o que seria o responsável pelo sabor doce e a partir daí tentamos fazer outra substância que tivesse essa mesma característica estrutural e mantivesse o sabor doce. Isso foi feito pela pesquisadora Ediclea Cristina Fregonese Camargo, que desenvolveu novas substâncias derivadas da monatina. São seis substâncias que tem 70% da estrutura igual a da monatina, informa o orientador Fernando Coelho e que começam a ser testadas em animais para avaliação de toxicidade. Esses testes são necessários para avaliar se essas novas moléculas não provocam dano à saúde, antes de ter início os testes que irão avaliar o teor dulcífero dos futuros adoçantes.

Níveis de toxicidade e segurança são avaliados

Os pesquisadores do Instituto de Química que investigam a substância natural em busca de uma adoçante mais doce e seguro acreditam que ela tem uma parte fundamental para a atividade doce. A estrutura da monatina, informa Fernando Coelho, é composta de um aminoácido, o ácido glutâmico (o principal constituinte do ajinomoto) que é ingerido na alimentação diária e não causa danos ao organismo. Há outro aminoácido que também é conhecido do organismo. Por isso, acredita-se que o nível de toxicidade da substância seja muito baixo. “Mas precisamos fazer os testes para confirmar ausência de toxicidade”, informa Coelho.

Como a possibilidade de fabricar e dar uso comercial a molécula de monatina ficou prejudicada por causa da patente, essa molécula será usada para formar derivados. “Queremos obter substâncias que possam ser utilizadas com a mesma segurança que o aspartame”, informa o pesquisador.

Há, no mercado, substâncias mais doces, mas não com o padrão que o aspartame tem, observa Coelho. A presença de cloro na estrutura dessas substâncias mais doce tem provocado muitas controvérsias. O aspartame, comenta, tem dois aminoácidos em sua estrutura: o fenilalanina e o ácido aspártico. São dois aminoácidos que estão presentes em vários alimentos, como carnes, vegetais. “O grau de segurança do aspartame é muito alto e já virou referência. Nosso objetivo é encontrar alguma coisa que seja no mínimo comparado a ele. E achamos que a monatina tem esse grau de comparação porque a estrutura dela é de natureza aminoácida”, afirma. (MTC)


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