DESTAQUES 2003 DO SETOR CANAVIEIRO As
adesões para a cerimônia de premiação, seguida de coquetel e jantar
dos “Destaques BrasilAgro 2003 do Setor Canavieiro”, que será
realizada neste próximo dia 23 de junho no Clube de Campo Vale do
Sol, ainda podem ser feitas com Paula através do e.mail
paula@brasilagro.com.br ou fones (16) 629-9058, 617-4006 e
9135-0888. Trata-se de uma oportunidade imperdível de participar
de um evento que reunirá as mais altas autoridades do país e do
Estado de São Paulo, além de mais de 300 empresários produtores de
cana, açúcar e álcool (Da Redação, 12/6/03)
CANA E
AÇÚCAR SUGAR DINNER EM SÃO PAULO
Entre os dias 20 e 24 de
outubro deste ano, São Paulo terá sua edição do Sugar Dinner, evento
que reúne representantes de toda cadeia produtiva do açúcar e do
álcool – traders, representantes de instituições financeiras e
demais profissionais que atuam no mercado internacional de
commodities. Com organização do Sugar Club, presidido no Brasil por
Carmen Ruete de Oliveira, o encontro será realizado no Grand Hotel
Hyatt, na capital paulista, na Avenida das Nações Unidas, 13.301.
Maiores informações podem ser obtidas no site www.sugardinner.com.br
(Única, 12/6/03)
SERTÃOZINHO SEDIARÁ ENCONTRO DO PROGRAMA
DE MELHORAMENTO GENÉTICO DA CANA-DE-AÇÚCAR No próximo dia 25
de junho o município de Sertãozinho sediará a reunião anual do
Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA),
realizado pelos coordenadores do Programa da UFSCar - Universidade
Federal de São Carlos. O evento tem o apoio da UDOP, ORPLANA e
Dupont do Brasil S.A. Segundo os organizadores o objetivo do
encontro, que será realizado no auditório da Canoeste, localizado na
rua Dr. Pio Dufles, 532, no Centro de Sertãozinho, é avaliar o
PMGCA, as variedades RB existentes e os novos clones, sob o ponto de
vista da pesquisa e do usuário. Para tanto, serão realizadas
palestras pelos pesquisadores do programa, bem como, foram
convidadas cinco usinas com alto nível tecnológico que irão
apresentar os resultados locais. Entre os temas que serão
abordados está o das "Variedades RB e a UFSCar - mais uma vez um
desafio", onde serão discutidas a importância do PMGCA para a UFSCar
e para as empresas parceiras; as Universidades Federais e o Programa
de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar; a contribuição das
variedades melhoradas de cana-de-açúcar e a nova equipe de trabalho.
Este tema será abordado pelo Prof. Dr. Hermann Paulo Hoffmann,
Coordenador do PMGCA/UFSCar e pelo Prof. Dr. Marcos Antonio Sanches
Vieira. Outro tema será: "Variedades RB - Novos projetos,
pesquisas em andamento e atividades já realizadas em 2003". Dentro
deste tema os participantes presenciarão a apresentação dos novos
projetos e relatos das pesquisas em andamento e das atividades
desenvolvidas. Este tema será apresentado pelo Prof. Dr. Antonio
Ismael Bassinello, atual vice-coordenador do PMGCA/UFSCar. Os
demais temas versarão sobre os clones promissores em Minas Gerais,
Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, todos ministrados por
especialistas na área. Também serão discutidos os resultados
animadores do projeto hiper precoce, novamente com o Prof. Dr.
Hermann Paulo Hoffmann. As inscrições para o evento se encerram
no próximo dia 20 de junho, e devem ser feitas através do telefone
(18) 623 0528 ou pelo e-mail: udop@udop.com.br (Udop,
11/6/04)
ADOÇANTE NATURAL É 1.400 VEZES MAIS ’’FORTE’’ QUE O
AÇÚCAR Um adoçante natural está em desenvolvimento nos
laboratórios do Instituto de Química (IQ) da Universidade de
Campinas (Unicamp). Segundo pesquisadores envolvidos nas
investigações, o produto tem um poder dulcífero 1.400 vezes maior
que o do açúcar vendido no mercado. A base do novo adoçante é a
monatina, um aminoácido extraído de raízes da Schlerochiton
illicifolius, planta encontrada na África do Sul. "A mistura da
monatina com outros adoçantes, como o aspartame, por exemplo,
resulta numa variedade de sabores que aumenta ainda mais a sua
importância comercial", diz o professor Fernando Coelho, do IQ. Ele
conclui explicando que quando se trabalha com esse tipo de composto,
os adoçantes têm um mercado nacional e internacional com aceitação
garantida. Segundo Ediclea Cristina Fregonese Camargo, que tem
trabalho sobre a substância, o que a levou a estudar a monatina "foi
a tentativa de descobrir qual a parte dela é responsável pelo
peculiar sabor doce". Ela buscava elementos para um novo tipo de
adoçante. Segundo a pesquisadora, da estrutura da monatina pode-se
obter outros tipos de adoçante. Embora ainda não esteja totalmente
concluído, o trabalho de Ediclea pode ser aplicado para o tratamento
de uma série de doenças, como prevê. "Pude observar que durante
a preparação da monatina existiam estruturas intermediárias que
poderiam ser aplicadas no sistema nervoso central, principalmente no
combate a doenças neuro-degenerativas, como o Mal de Parkinson, por
exemplo", diz. Para Fernando Coelho, os adoçantes artificiais são
produtos largamente consumidos no país, que se destinam não apenas à
preparação de alimentos, mas também como coadjuvantes no tratamento
de doenças, como o diabetes, e em regimes de emagrecimento. Ele
argumenta que há uma busca internacional muito grande por
substâncias que podem ou não ser de origem natural, que tenham,
sobretudo, potencial dulcífero. "Quando se coloca uma substância
química para dar sabor ao café, preciso de um elemento com
características que proporcionem um sabor realmente doce em
baixíssima concentração e, ao mesmo tempo, que seja completamente
livre de elementos tóxicos", diz Coelho. Essa toxidade, segundo ele,
pode provocar problemas sérios de saúde ao consumidor. Pega-se como
exemplo uma pessoa que usa determinado adoçante todos os dias, em
várias ocasiões, mesmo que em pequenas proporções. "Se o adoçante
contém elementos tóxicos, a pessoa que o consome pode até
envenenar-se e ter sérios problemas de saúde", ressalta. Ediclea
e Coelho afirmam que os resultados experimentais da preparação das
substâncias que podem ser utilizadas como adoçantes até o momento
têm sido muito positivas. Os resultados até agora obtidos pela
pesquisadora fazem parte da dissertação de seu mestrado, ainda em
desenvolvimento, sobre Preparação de aminoácidos não
proteinogênicos, estrutralmente relacionados ao adoçante natural
monatina, sob a orientação do professor Coelho (Udop, Agência
Brasil, 11/6/03)
ÁLCOOL COLÔMBIA INTERESSADA NA
TECNOLOGIA DO ÁLCOOL
A partir de janeiro de 2005, quando
entrar em vigor a lei que determina a mistura de 10% de álcool
anidro à gasolina, a Colômbia deve criar uma demanda de 3 milhões de
litros/dia. Para atender a este mercado, o país (governo e
empresários) busca parceria com setor sucroalcooleiro do Brasil. O
assunto foi o principal tema do encontro que reuniu a comitiva
brasileira, formada por empresários e políticos, e o presidente
colombiano, Álvaro Uribe Vélez, ontem pela manhã. Após audiência, a
comitiva se reuniu com os maiores grupos produtores de açúcar
daquele país, como o Grupo Santo Domingo e o Sindicato Antioqueño,
além de representantes de multinacionais. A Colômbia tem pressa
porque o país não produz álcool combustível, apesar de ser um
tradicional produtor de açúcar e moer 20 milhões de toneladas de
cana por ano. Com isso, o país produz 2,5 milhões de toneladas de
açúcar, dos quais 1,12 milhões são exportados. A incipiente produção
de álcool atende apenas a industria de licores e ainda assim há
eventuais importações de álcool do Equador. "Falta um ano e meio
para a medida entrar em vigor e os colombianos sabem exatamente o
que querem de nós: tecnologia", analisa o prefeito de Ribeirão
Preto, Gilberto Maggioni, que também assinará convênio em que
Ribeirão Preto será "cidade-irmã" de Bucaramanga. "Não seria difícil
fazer parcerias em que os empresários brasileiros entrariam com a
tecnologia e os colombianos com o fornecimento da matéria-prima, ou
seja, da cana-de-açúcar", revela Maurílio Biagi Filho, da Cia.
Energética Santa Elisa, outro integrante da comitiva. Atualmente
existem 14 usinas de açúcar em operação na Colômbia (Única,
12/6/03)
O FUTURO DO RENOVÁVEL AUSTRALIANO AMEAÇADO
As
principais refinarias australianas estariam espalhando rumores de
que uma mistura de etanol na gasolina acima da proporção de 10%
poderia comprometer o funcionamento dos veículos. A acusação partiu
de matéria publicada no jornal The Australian. Segundo a reportagem,
devido as pressões o governo australiano estuda reduzir o teor
máximo de mistura de etanol na gasolina, de 20% para 10%, podendo
comprometer o futuro da indústria, e principalmente do maior
produtor do país – o Grupo Manildra (Única,
12/6/03)
PRODUTOR VAI CRIAR SELO PARA BARRAR CACHAÇA
PIRATA Fabricantes de Salinas (MG) vão criar selo até final do
ano para combater bebida falsificada. A marca Havana é o principal
alvo da pirataria (Diário de S.Paulo, 12/6/03) O futuro do renovável
australiano ameaçado
COMMODITIES AÇÚCAR O contrato
para julho foi negociado em Nova York a 6,54 centavos de dólar por
libra-peso, baixa de 13 pontos. Em Londres, o contrato para agosto
foi negociado a US$ 199,10 a tonelada, baixa de US$ 0,40. O
índice Esalq/BM&F fechou a R$ 25,94, baixa de 1% sobre o dia
anterior (Valor, 12/6/03) ÁLCOOL ANIDRO O contrato para agosto
fechou a R$ 665,00 o m3, baixa de R$ 5,00 (Valor,
12/6/03) SOJA O contrato para julho foi negociado a 629,50
centavos por bushel, baixa de 4,00 centavos (Valor,
12/6/03) PETRÓLEO O barril de WTI para entrega em julho foi
negociado a US$ 32,36, alta de US$ 0,63. Já o barril de Brent, para
entrega no mesmo mês, foi negociado a US$ 28,39, alta de US$ 0,31
(Valor, 12/6/03)
AGRICULTURA SAFRA 2003/04 TERÁ MAIS DE R$
30 BILHÕES O governo anuncia hoje um plano ambicioso para a safra
2003/04. Ontem, comentava-se na Esplanada dos Ministérios que os
recursos á disposição dos produtores vão superar R$ 30 bilhões, ante
R$ 21,7 bilhões na safra 2002/03. Há dois anos, esse montante
somava R$ 14,7 bilhões, o que mostra o interesse do atual governo em
alavancar a agricultura brasileira. Quanto à taxa de juros do
crédito rural, a expectativa era de que não será alterada. Para a
safra atual, a taxa é de 8,75% ao ano (O Estado de S.Paulo,
12/6/03)
FIM DA GANGORRA NO MERCADO DE MILHO DEPENDE DAS
EXPORTAÇÕES Como em todos os anos de grande produção, o preço do
milho está recuando de maneira expressiva nas principais regiões de
comercialização do país. No oeste do Paraná, a queda acumulada no
ano é de quase 29%, segundo o Cepea/Esalq. O recuo já acende a luz
amarela para a próxima safra. Há o temor de que a recente
desvalorização dos preços desestimule o produtor a plantar,
reduzindo a área semeada com milho em 2003/04. Nem a exportação –
que se imaginava, poderia sustentar os preços – está evitando o
recuo das cotações porque o dólar perdeu valor ante o real (Valor,
12/6/03)
GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS ESTIMA SAFRA NACIONAL
MAIOR O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)
incrementou a estimativa da produção brasileira de soja na safra
2002–03 para 52 milhões de toneladas. A nova previsão consta do
relatório mensal de oferta e demanda. A mais recente estimativa
representa cerca de um milhão de toneladas a mais do que a previsão
anterior. O aumento deve-se à revisão da área colhida para 18,4
milhões de hectares. A área anterior era de 16 milhões. Já
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a produção de soja brasileira ficará em 49,7 milhões de
toneladas. A explicação para a ampliação da safra nacional é a
valorização do preço do grão no mercado internacional e a alta do
dólar, que favorecem o preço da exportação. Além do preço, a soja
apresenta outras vantagens, entre elas a maior liquidez no mercado
externo. Já a safra norte-americana deve cair de 78 milhões para
72 milhões (PanoramaBrasil, 12/6/03)
MULTI PREFERE O BRASIL
PARA ESMAGAR SOJA O salto de 27% na rentabilidade no esmagamento
da soja no Brasil, em comparação aos últimos cinco anos, aguçou o
apetite das multinacionais que atuam no negócio. A capacidade de
esmagamento do time formado pela Bunge, Cargill e Coinbra (Louis
Dreyfus) ganhou reforço de, respectivamente, 33,3%, 34,7% e 37,5%.
Em contrapartida, nos Estados Unidos, a Bunge paralisou duas
unidades de processamento e adiou a expansão de uma nova fábrica, em
função do retorno inferior, menor oferta de grão e queda no consumo
do farelo. “O País deve esmagar na safra 2003–04 cerca de 28,6
milhões de toneladas de soja, um volume pelo menos 10% superior ao
desta safra, que ficará em 25,8 milhões de toneladas”, afirma o
presidente em exercício da Associação Brasileira das Indústrias de
Óleos Vegetais (Abiove), Cesar Borges de Souza. Segundo ele, em
função disso, o Brasil deverá ampliar sua capacidade de esmagamento
em aproximadamente 12% para a próxima safra. No entanto, segundo
Souza, se o aumento da capacidade não for suficiente, as indústrias
podem utilizar a ociosidade e processar durante 360 dias, quando o
normal são 300 dias. “Nos últimos três anos, não houve expansão de
capacidade, mas um crescimento de 30% na ocupação das fábricas. Com
as safras recordes de soja, haverá uma maior demanda pelo grão
brasileiro, que deve ser ampliada entre 15% e 20%.” Segundo a
Abiove, no fim de 2002 a capacidade instalada no País, em atividade,
atingia 107 mil toneladas por dia.
“Hoje é mais rentável
para as empresas esmagarem a soja no Brasil e exportarem do que
fazerem isso nos países de origem, pois há maior retorno em função
da safra e da cotação do dólar”, afirma a analista de grãos,
Amaryllis Romano. Segundo Amaryllis, a rentabilidade para quem
esmaga soja no Brasil está maior em 27% este ano, em relação ao ano
de 1998. “As empresas estão investindo em função da valorização do
óleo de soja no mercado interno e externo.” Outro fator que faz
reduzir as atividades das indústrias nos Estados Unidos é a queda no
consumo de farelo de soja naquele país, o que diminui a necessidade
de esmagamento. Só este ano, a capacidade diária de esmagamento
da Bunge irá saltar de 15 mil para 20 mil toneladas, com a ampliação
da capacidade da fábrica de Rondonópolis (MT) para 5 mil
toneladas/dia. Para o próximo ano, haverá um novo incremento de 2
mil toneladas/dia, com a inauguração da fábrica de Uruçuí (PI), em
agosto. Segundo a empresa, a decisão de investir na ampliação do
esmagamento não está apenas na oportunidade de mercado, mas em
função, também, do aumento da safra, em busca de escala de produção
e racionamento de custos. A Bunge investe cerca de US$ 100
milhões por ano na área agrícola, que inclui o esmagamento de soja.
A companhia também tem um projeto para uma nova unidade em Sorriso
(MT), para esmagar 5 mil toneladas diárias de soja, que deverá
entrar em operação em 2005. A Cargill tem capacidade instalada
para esmagar 11,5 mil toneladas/dia de soja. Com a nova unidade
esmagadora na cidade de Rio Verde (GO), essa capacidade será
ampliada em 34,7%, com um incremento de 4 mil toneladas/dia. A
Coinbra, do grupo Louis Dreyfus, construiu uma nova unidade em Alto
Araguaia (MT) com capacidade para 3 mil toneladas/dia aumentando a
atividade em 37,5%. Além disso, em 2004, irá expandir o esmagamento
nas fábricas de Ponta Grossa (PR) e Jataí (GO) em mais 3 mil
toneladas/dia (PanoramaBrasil, 12/6/03)
UE CRIA NOVA PROTEÇÃO
À SUA AGRICULTURA Produtor brasileiro pode ser afetado. A União
Européia (UE) lançou ontem nova ofensiva para a proteção de seus
produtos agrícolas. Com a criação de uma rede internacional de
lobby, batizada Origin (Organization for an International
Geographical Indication Network), os europeus voltam a brigar pela
preservação das chamadas indicações geográficas de produto. A
iniciativa afetará produtores brasileiros, que poderão ser impedidos
de usar nomes consagrados como Parma, Cognac, Manchego e Scotch
Whisky, entre outros. Os europeus deram a presidência do
movimento a um representante da Guatemala, Pedro Echeverría, para
simbolizar que a briga envolve também produtores de países em
desenvolvimento e também das Américas. Curiosamente, dois
representantes do Brasil - um funcionário da Embrapa e uma
representante da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual -
estão entre os participantes do encontro, o que legitima na prática
um movimento que tem forte potencial para contrariar os interesses
brasileiros. Foram convidados produtores africanos, americanos
do Sul e do Norte, asiáticos e europeus para o lançamento da Origin.
O objetivo foi duplo: demonstrar que o interesse por indicações
geográficas existe em vários países do mundo, inclusive nas nações
em desenvolvimento. E sinalizar aos negociadores na OMC em favor de
uma melhor proteção internacional (G.Mercantil,
12/6/03)
MONSANTO USA AS TRADINGS PARA REVERTER PERDAS COM A
PIRATARIA Depois de perder alegados mais de US$ 100 milhões com
a ‘pirataria’ da soja transgênica Roundup Ready no País, a
multinacional Monsanto informa que usará as tradings exportadoras
para reverter o prejuízo. Essa foi a maneira encontrada pela empresa
para iniciar a cobrança de royalties sobre o produto, que é
utilizado e vendido no País de forma ilegal, uma vez que seu plantio
comercial é proibido. A Monsanto começa a licenciar tradings
exportadoras de soja para a cobrança a partir de 1º de julho. As
empresas têm até 1º de agosto para fechar acordo. Após esse período,
a empresa vai acionar judicialmente o importador por receptação de
mercadoria pirata. “Independentemente do fato do cultivo comercial
da soja transgênica ser ou não liberado no País, a Monsanto irá
cobrar os royalties. É injusto que outros países que tenham o
licenciamento paguem por usar a nossa tecnologia e o Brasil não”,
afirma o diretor de marketing da empresa, Felipe Osório. O valor
a ser cobrado pelos royalties ainda não foi definido. Os
exportadores que não quiserem ter a soja bloqueada nos países de
destino, que já têm a soja da Monsanto patenteada — União Européia,
Japão, Canadá e Estados Unidos — terão que licenciar o produto e
adquirir o direito de uso da marca Roundup Ready. O bloqueio da
carga será feito pela alfândega de destino, que já estará avisada.
Sendo assim, ele perderá toda a carga e o importador responderá por
processo civil no país de destino. Os custos envolvendo os
testes para detectar a existência e quantidade de soja Roundup Ready
no lote para exportação serão pagos pela trading em conjunto com a
Monsanto. No local de destino, a empresa ficará com o custo
(PanoramaBrasil, 12/6/03)
ECONOMIA BOLSAS E
DÓLAR Ibovespa: -0,12% Dow Jones: +1,42% Nasdaq:
+1,13% Dólar Comercial: R$ 2,85 (-0,52%) Dólar Paralelo: R$
3,03 (-0,98%)
PEDÁGIOS VÃO FICAR ATÉ 31% MAIS CAROS A PARTIR
DE JULHO Novo preço ainda não está definido. Governo estadual
tenta negociar com concessionárias a aplicação de reajuste menor do
que a inflação acumulada (Diário de S.Paulo,
12/6/03)
MANIFESTO DE ECONOMISTAS ATACA POLÍTICA
ECONÔMICA Economistas ligados ou simpatizantes do PT lançam
amanhã um manifesto que propõe a “inversão de toda a matriz da
política econômica atual”. Defendem o controle de capitais externos
e do câmbio, redução do superávit primário, ampliação dos gastos
públicos e redução da taxa básica de juros. Assinam o documento,
entre outros, Luiz Gonzaga Belluzzo, Plínio de Arruda Sampaio Jr. e
Ricardo Carneiro (Folha de S.Paulo, 12/6/03)
PALOCCI:
INFLAÇÃO CAI, MAS MENOS QUE O DESEJADO O ministro da Fazenda,
Antônio Palocci, disse ontem que a inflação está caindo “em ritmo
menor do que todos nós gostaríamos”, mas ressaltou que o combate a
ela tem sido eficaz. Foram frases mais uma vez cautelosas sobre
uma redução dos juros. “No determinado prazo, isso deve acontecer”,
disse. E acrescentou que a decisão do BC será “técnica” (O Estado de
S.Paulo, 12/6/03)
BANCOS AVALIAM QUE JURO DEVE CAIR ATÉ
JULHO Feitas as contas após a divulgação do IPCA, o mercado já
começa acreditar que uma queda na taxa básica dos juros seja
possível. Se não for imediatamente em junho, o corte seria feito no
máximo em julho (Portal Exame, 12/6/03)
BANCOS LUCRAM R$ 3 BI
NO PPRIMEIRO TRIMESTRE No primeiro trimestre de 2003, as 18
instituições financeiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo
lucraram 3 bilhões de reais - o que equivale a 29,6% do total de
ganhos de todas as 268 empresas listadas (Portal Exame,
12/6/03)
VENDA DE ELETROELETRÔNICO CAI 15% A recessão
atingiu em cheio o setor de eletroeletrônicos no país. As vendas de
produtos eletroeletrônicos no atacado registraram uma queda de cerca
de 15% nos primeiros cinco meses deste ano em relação ao mesmo
período do ano passado, segundo dados da Eletros (Associação
Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) (Folha de
S.Paulo, 12/6/03)
COM CRISE, GRUPO VENDE CARRO ATÉ AOS “SEM
CRÉDITO” A crise na indústria automobilística, que acumula um
estoque de mais de 170 mil veículos nos pátios das fábricas e das
lojas, está levando o setor a oferecer carros até para consumidores
que normalmente seriam barrados na hora de fechar um negócio. Uma
rede de concessionárias da Capital e do ABC vai abrir as portas
neste fim de semana para financiar automóveis novos e usados até
mesmo para quem está na lista de restrição ao crédito (O Estado de
S.Paulo, 12/6/03)
CORRUPÇÃO BARRA NEGÓCIO COM BRASIL, DIZEM
EUA O principal assessor da Casa Branca para a América Latina,
Otto Reich, disse que a corrupção ainda é o maior obstáculo à
atração de investimentos norte-americanos para a região. Indagado
sobre a corrupção no Brasil, disse: “Não vamos deixar que
funcionários de empresas roubem dinheiro em seus países e venham
viver na Flórida. Temos mandado de volta e rejeitado vistos a
funcionários de governo e de empresas corruptas”. O Itamaraty
disse que, se os EUA negaram vistos a brasileiros suspeitos de
corrupção, deveriam ter informado ao Brasil (Folha de S.Paulo,
12/6/03)
BRASIL PERDE 15 MIL MILIONÁRIOS A forte
desvalorização do real no ano passado diminuiu em 16% o número de
brasileiros com mais de US$ 1 milhão. Pesquisa da Merrill Lynch e
Cap Gemini Ernst & Young sobre os investidores de alta renda
(com mais de US$ 1 milhão em ativos) mostra que, em 2002, havia 75
mil milionários no país, 15 mil a menos que em 2001. O Brasil
seguiu a tendência da América Latina, onde houve uma queda de 3,6%
no número de ricos, que somam agora 270 mil pessoas. A renda dos
ricos latino-americanos, entretanto, cresceu 2,7% no ano passado,
atingindo R$ 3,6 trilhões (Valor, 12/6/03)
NADA DE
ANGLICISMOS A Fiesp está dando uma colaboração ao governo Lula,
na sua cruzada pela valorização da língua portuguesa. Na última
reunião para discutir o PPA, o presidente Lula pediu aos técnicos
que encontrassem um sinônimo para “cluster”. A Fiesp que tem
quatro desses pólos instalados no interior de São Paulo, oferece a
sua tradução: “Arranjo Produtivo Local” (Valor,
12/6/03)
BIODIESEL PARANÁ PODE PRODUZIR BIODIESEL Com
dois ingredientes básicos, a soja e o álcool de cana, o Paraná já
pode começar a produzir o biodiesel, combustível alternativo capaz
de reduzir em até um quarto a poluição do ar. Além de ocupar a
segunda posição nacional - 10 milhões de toneladas de soja/ano - e
de ser um dos maiores produtores de álcool de cana - cerca de 13
milhões de litros/ano - o Estado conta ainda com o Centro de
Referência em Biocombustíveis, o Cerbio, que funciona nas
dependências do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), na
Cidade Industrial de Curitiba. O Centro de Referência foi criado por
meio de um convênio entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior (SETI) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O diretor técnico do Tecpar, professor José Domingos Fontana,
que também responde pela coordenação do Cerbio, é quem faz a
previsão sobre o biodiesel. Segundo ele, a tecnologia usada para a
produção do biodiesel, chamada de "transesterificação" é
relativamente simples e consiste em "deslocar a glicerina dos óleos
comestíveis como a soja, substituindo-a por etanol". Inclusive -
afirmou - já existem no país algumas empresas habilitadas a produzir
o combustível a partir do uso da soja (MT, SP e MG). Uma delas,
a Ecomat-MT, tem suprido o Cerbio/Tecpar com um combustível que já
está sendo testado na frota do transporte coletivo de Curitiba. "A
Cooperativa Agrícola de Campo Mourão (Coamo) já antecipou que está
interessada numa planta de porte industrial para o biodiesel",
informa Fontana. O próprio Cenpes-Petrobras, na Bahia e no Rio de
Janeiro, já desenvolveu o biodiesel, mas neste caso a partir do óleo
de mamona (Udop, Gazeta do Paraná,
11/6/03)
COMBUSTÍVEIS DEPOIS DO GOL, É A VEZ DO CORSA
BICOMBUSTÍVEL Até o final deste mês a General Motors colocará à
venda o Corsa 1.8 bicombustível, que poderá usar o álcool ou a
gasolina. Será a segunda montadora nacional a lançar o veículo - a
Volkswagen lançou o Gol em março. O governo reduziu a alíquota do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 15% para 13% para
incentivar a indústria (PanoramaBrasil, 12/6/03)
ANP
INTERDITA TRÊS POSTOS QUE VENDIAM GASOLINA ADULTERADA Três postos
de gasolina instalados na Capital foram interditados ontem por
fiscais da ANP. Os empreendimentos pertencem ao bando chefiado por
Antonio Gomes Melo, acusado de ter montado bases de adulteração de
combustível em Suzano e em Paulínia, no interior de São Paulo
(PanoramaBrasil, 12/6/03)
ENERGIA CO-GERAÇÃO VAI GERAR
CRÉDITOS A AÇÚCAR GUARANI Co-geração vai gerar créditos a Açúcar
Guarani S.A., da cidade de Olímpia (Noroeste de São Paulo) é também
candidata a integrar o grupo de empresas brasileiras autorizadas a
vender créditos de carbono no mundo, quando este mercado estiver
formalizado. Para o mercado existir legalmente, é preciso que os
países desenvolvidos, especialmente a Rússia, assinem o Protocolo de
Kyoto. A Guarani já enviou à Organizações das Nações Unidas seu
projeto de co-geração de energia a partir do bagaço da
cana-de-açúcar, que inclui a geração de energia limpa e a venda de
créditos de carbono no mercado internacional. A Guarani gera
hoje 22,5 mega-watts/hora, dos quais 12,5 megawatts/hora começaram a
ser comercializados com o mercado no início deste mês (junho). A
compradora é a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Estes 12,5
MW/h são suficientes para iluminar uma cidade de 60 mil habitantes.
Os 10 MW/h restantes são consumidos pela própria empresa. O
projeto comprova que a Açúcar Guarani deixa de despejar no ambiente
644 quilos de gás carbônico por cada MWh produzido. Para chegar a
este valor, a Guarani tomou como parâmetro de comparação uma
termoelétrica a óleo, que produz despeja 644 quilos de gás carbônico
no ar para produzir um MWh/hora (G.Mercantil,
11/6/03)
QUESTÃO AGRÁRIA MST INVADE ÁREA PRODUTIVA NO
PONTAL O MST promoveu ontem a primeira invasão deste ano em área
produtiva do Pontal do Paranapanema: cerca de 150 pessoas acamparam
na Fazenda Três Irmãos, em Rosana. Eles chegaram em seis
veículos, derrubaram cercas e montaram barracos na área de pastagem.
Em Colina, os invasores da Estação de Zootecnia abandonaram o local
(O Estado de S.Paulo, 12/6/03)
MEIO AMBIENTE PARCERIA,
SAÍDA POSSÍVEL PARA CRÉDITO DE CARBONO A agilidade nas
negociações de crédito de carbono no Brasil depende do fechamento de
parcerias entre as empresas nacionais e estrangeiras, defende José
Goldenberg, secretário de Meio Ambiente do Estado de São
Paulo. “Companhias de Portugal, interessadas em reduzir as
emissões de dióxido de carbono, querem firmar parcerias para
negociar os créditos”, disse ele, durante seminário organizado em
São Paulo. O Brasil e a Índia, afirmou Goldenberg, têm grande
potencial a ser explorado. “Temos empresas com bons projetos, que
podem avançar neste mercado. Mas a comercialização dos créditos
de carbono – mercado criado a partir do Protocolo de Kyoto, em 1997,
que estabelece normas para a redução de dióxido de carbono na
atmosfera – ainda gera controvérsias. Para os executivos Pedro Paulo
Teixeira, gerente de projetos do banco holandês Rabobank e Marco
Antonio Fujihara, diretor de negócios sustentáveis da
PriceWaterHouseCoopers, ainda há uma banalização dos negócios no
país. Fujihara defende projetos calcados em programas que
envolvam responsabilidade social, o que pode dar maior valor
agregado aos negócios. “Gera menor risco durante a
transação. Para o Rabobank, um dos principais financiadores
mundiais de projetos de créditos de carbono, a maior transparência
nos negócios evita o descrédito dos projetos. Governos de países
desenvolvidos, como a Holanda, e instituições financeiras, como o
Banco Mundial, são hoje os principais investidores neste
setor. No Brasil, usinas sucroalcooleiras, siderúrgicas e
indústrias de aterros encabeçam os projetos de crédito de carbono
(Valor, 12/6/03)
TRABALHO INDÚSTRIA FAZ PROPOSTA
PARA NÃO DEMITIR Se há três meses os trabalhadores saíram em
busca de antecipações salariais para repor perdas da inflação nos
salários, dessa vez são os patrões que entregam sua pauta de
reivindicação aos sindicatos para evitar demissões no setor
metalúrgico. Férias coletivas, redução da jornada, parcelamento
do pagamento de férias e até mesmo redução de salários são algumas
das propostas que podem entrar em discussão hoje na reunião entre
representantes de empresas ligadas a nove sindicatos patronais da
Fiesp e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região
(Força Sindical) (Folha de S.Paulo, 12/6/03)
COMPRESSÃO
SALARIAL Sindicatos patronais estão propondo a metalúrgicos de SP
eliminar a remuneração de final de semana, pagando por 176 horas
trabalhadas em vez das atuais 220. Dizem que a culpa é da crise.
Hoje empresários se reunirão com a Força Sindical para tratar do
assunto (Folha de S.Paulo, 12/6/03)
VOLKS É A 6ª MONTADORA A
DAR FÉRIAS COLETIVAS A Volkswagen anunciou ontem férias coletivas
para 10% dos 15 mil funcionários da unidade de São Bernardo do
Campo, no ABC paulista, no período de 30 de junho a 20 de julho
(Folha de S.Paulo, 12/6/03)
PREVIDÊNCIA SERÁ DEFICITÁRIA
MESMO APÓS A REFORMA A reforma previdenciária proposta pelo
governo deverá garantir à União uma economia de R$ 65 bilhões, mas
esse dinheiro representa apenas 13,5% do déficit potencial da
Previdência. A advertência é do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, do Ministério do Planejamento, e indica que o déficit
continuará mesmo após as mudanças (O Estado de S.Paulo,
12/6/03)
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